Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de

Obras Públicas

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Galeria de Secretários

Em uma parede cinza, veem-se as fotos dos ex-secretários de Obras Públicas do Rio Grande do Sul.
Galeria de Secretários - Foto: Ariel Engster/ASCOM SOP

Desenho do busto de um homem branco, de cabelos vastos, bigode comprido e óculos pequenos, vestindo terno e gravata.
Antão Gonçalves de Faria - Foto: Domínio público
O primeiro secretário das Obras do Rio Grande do Sul, de 16 de novembro de 1889 a 1890, foi o engenheiro civil, jornalista e político Antão Gonçalves de Faria. Natural de São Sepé, formou-se em engenharia pela Escola Central do Brasil, no Rio de Janeiro, de onde retornou para estabelecer-se em Caçapava. Participou da fundação do jornal A Federação do Partido Republicano Riograndense e do lançamento do jornal O Rio Grande, como redator, em 1884.

Foi nomeado superintendente das Obras Públicas do Estado, no governo do Marechal José Antonio Correia da Câmara, cargo do qual se afastou quando da substituição do governador pelo General Julio Anacleto Falcão da Frota, que nomeou Julio de Castilhos 1º vice, e o próprio Antão de Faria como 2º vice-governador.

Eleito deputado constituinte em 15 de setembro de 1881, presidiu na Assembleia a Comissão de Viação e Obras Públicas. A seguir foi nomeado pelo presidente Floriano Peixoto como Ministro da Agricultura e Viação, tendo exercido também, em caráter interino, o cargo de Ministro da Fazenda.

Deixou dois trabalhos publicados que dão conta de seu engajamento com as questões das obras públicas: Viação Férrea do RGS - Rede Estratégica (ensaio), de 1912, e Problemas Nacionais (discurso), de 1913.

Sua atuação na Revolução Federalista contra o governo de Julio de Castilhos lhe rendeu o exílio na Argentina, tendo abandonado a política em 1894.

Foto em preto e branco de um homem branco de cabelos ralos, óculos redondo e vasto bigode.
João José Pereira Parobé
João José Pereira Parobé, o segundo titular da Secretaria foi diretor de Obras Públicas do Estado em 1889 e, em 1890, foi nomeado secretário de Estado das Obras Públicas, cargo que acabou por exercer por dois períodos: de 1890 a 6 de março de 1906 e 25 de janeiro de 1913 a 09 de dezembro de 1915.

Engenheiro civil, como tenente de infantaria, bacharelou-se em ciências físicas e naturais. Foi um dos signatários do Manifesto Republicano, publicado em 13 de dezembro de 1870 pelo jornal carioca A República, quando tinha apenas dezessete anos de idade.

Trabalhou como engenheiro da Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana, em 1888, e como engenheiro municipal da Intendência da cidade de Rio Grande, no ano seguinte. Foi eleito deputado constituinte em 1891 e deputado estadual em 1909.

Foi professor e diretor da Escola de Engenharia do Rio Grande do Sul, tendo sido responsável pelo projeto e pela construção do seu prédio original, entre 1898 e 1900, quando chefiava a Secretaria das Obras do Estado. Profundamente comprometido com a educação fundou, em 1900, o Colégio Estadual Julio de Castilhos, a Escola Técnica que viria a ter o seu nome e o Instituto Astronômico e Metereológico, dentre outros que viriam futuramente a pertencer à atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Parobé também é homenageado com seu nome em um dos municípios do Estado.

Foto em preto e branco de um homem branco de vastos cabelos brancos, bigode e óculos redondo.
José Barbosa Gonçalves - Foto: Divulgação/SOP
José Barbosa Gonçalves chefiou as obras do Estado de 7 de março de 1906 a dezembro de 1907. O engenheiro, terceiro titular da pasta, era irmão de Carlos Barbosa Gonçalves, o presidente do Estado de 1908 a 1913. Foi também prefeito de Pelotas em 1903 e de 1908 a 1912 e Ministro dos Transportes, entre 26 de fevereiro de 1912 e 15 de novembro de 1914, no governo de Hermes da Fonseca.

Cândido José de Godói, secretário de janeiro de 1908 a janeiro de 1913, formou-se em engenharia pela Ecole des Ponts et Chaussées de Paris, em 1876, classificado em terceiro lugar. Além de ter sido o quarto titular da Secretaria de Obras do Estado, também ocupou em acúmulo e interinamente a Secretaria da Fazenda, no governo de Carlos Barbosa Gonçalves.

Foi professor da Escola de Engenharia do Rio Grande do Sul. Em sua homenagem foram nomeados um município, prédios e uma escola estadual.

Imagem em preto e branco de um homem branco de cabelos ralos, cavanhaque e bigode. Está vestido de terno e gravata.
Protásio Alves
Protásio Alves chefiou a Secretaria no período de 1º de janeiro de 1916 a 24 de janeiro de 1917. Ao contrário de seus antecessores, era médico, formado no Rio de Janeiro, mas também, como os demais, militou desde jovem no Partido Republicano Riograndense. Foi vice-presidente da Província nos períodos de 1918 a 1923 e de 1923 a 1928.

Foi um dos fundadores do Curso de Partos junto à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, em 1897, e um dos fundadores da Faculdade de Medicina que futuramente integraria a UFRGS. Foi o primeiro agente público a exercer o cargo de Diretor de Higiene do Estado do Rio Grande do Sul, cargo então vinculado à chamada Secretaria do Interior e Exterior, pasta da qual também veio a ser secretário.

Em reverência a seus feitos como homem público, tem seu nome homenageado em importante avenida na cidade de Porto Alegre, em escola estadual e em município gaúcho.

Ildefonso Soares Pinto foi secretário Estadual das Obras Públicas de 25 de janeiro de 1917 a 27 de julho de 1925. Além de engenheiro militar e professor da Escola de Engenharia, era bacharel em Direito e foi deputado estadual e federal. Seu nome designa uma escola estadual em Campo Bom e uma rua em Alvorada, entre outras. Também foi homenageado com a denominação de uma estação ferroviária que se localizava na esquina das Avenidas Borges de Medeiros e Mauá, em Porto Alegre, construída para ser a estação inicial da ferrovia Riacho-Tristeza, inaugurada em 1927, e que veio a ser demolida em 1972.

Antonio Marinho Loureiro Chaves era bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo e, além de procurador fiscal e Secretário da Fazenda de 1915 a 1928, respondeu pela Secretaria das Obras de julho de 1925 a julho de 1926.

Sérgio Ulrich de Oliveira foi o oitavo titular da secretaria, no período de agosto de 1926 a novembro de 1926. Promotor público em Uruguaiana, foi também deputado na Assembleia dos Representantes do Rio Grande do Sul por seis períodos consecutivos de 1901 a 1928 e deputado federal nos períodos de 3 de maio de 1921 a 31 de dezembro de 1923, de 3 de maio de 1927 a 31 de dezembro de 1929 e de 3 de maio de 1930 a 23 de outubro de 1930.

Augusto Pestana, homenageado com seu nome em município gaúcho, antigo distrito de Ijuí, e rua em Porto Alegre, além de outros equipamentos públicos, foi secretário das Obras de 11 de novembro de 1926 até o final de 1927. Engenheiro civil, especializado em transportes ferroviários, foi diretor da Colônia de Ijuí e primeiro intendente da cidade, logo que emancipada. Embora nascido no Rio de Janeiro, radicou-se no Rio Grande do Sul, elegendo-se deputado federal pelo Partido Republicano Riograndense (PRR) em 1915, 1918 e 1928. Presidiu a Viação Férrea do Rio Grande do Sul de 1920 a 1924. Em Porto Alegre, também foi homenageado com o nome de uma importante estação ferroviária denominada Diretor Augusto Pestana, ou, simplesmente, Diretor Pestana, uma referência a seu cargo anterior de diretor da colônia de Ijuí.

João Fernandes Moreira, engenheiro civil, assumiu a secretaria a convite do então presidente do Estado, Getúlio Vargas, e a exerceu pelos períodos de janeiro de 1928 a novembro de 1930, retornando em 1º de dezembro do mesmo ano para nela permanecer até 31 de dezembro de 1932, já no governo de Flores da Cunha.

Edgar Luiz Schneider, que chefiou a pasta de 8 de novembro de 1930 a 28 de novembro de 1930, foi jurista, professor, jornalista e deputado estadual. Foi diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e posteriormente, Reitor da Universidade do Rio Grande do Sul, de 1942 a 1943, além de membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e da Academia Riograndense de Letras. No governo de Valter Jobim, foi um de seus substitutos. Em sua homenagem, uma praça no centro de Porto Alegre leva seu nome, além de uma escola de ensino fundamental e de uma rua.

Francisco Rodolfo Simch, engenheiro civil e professor catedrático da Faculdade Livre de Direito, foi titular das Obras Públicas do Estado, de janeiro de 1933 a dezembro de 1935. Autor de “Noções Elementares de Mineralogia e Geologia”, foi o primeiro diretor do Museu do Estado, criado por Borges de Medeiros, em sua primeira fase, considerado um museu de história natural, e, somente mais tarde, transformado em Museu Julio de Castilhos. Também tem uma rua em Porto Alegre batizada com seu nome.

Henrique Pereira Neto chefiou a pasta de janeiro de 1936 a 20 de outubro de 1937. Engenheiro civil, natural de Rio Grande, professor da Faculdade de Engenharia, foi também seu diretor. Na administração de José Montaury, foi engenheiro-chefe da Seção de Obras Públicas da capital, e foi o primeiro presidente do CREA. Tem em sua homenagem uma rua com o seu nome em Porto Alegre.

Walter Só Jobim, secretário de 22 de outubro de 1937 a 29 de dezembro de 1939 e de 7 de outubro de 1943 a 29 de outubro de 1945. Bacharel em Direito, foi juiz, promotor, advogado. Em 1946, no governo de transição de Pompílio Cylon Fernandes Rosa, foi secretário de Estado do Interior e da Justiça. Em disputa com Alberto Pasqualini foi eleito governador para o período de 1947 a 1951. Foi embaixador do Brasil no Uruguai.

Antonio da Rocha Meireles Leite, engenheiro civil, foi secretário pelo período de 30 de dezembro de 1939 a 4 de setembro de 1943. Em sua homenagem foi nomeada uma rua em Porto Alegre, no bairro da Restinga, bem como uma em Rio Grande, município do qual foi intendente em 1928.

Homero de Oliveira, engenheiro e professor da Escola de Engenharia da Universidade do Rio Grande do Sul, foi titular da Secretaria de 31 de outubro de 1945 a 7 de novembro de 1945; de 21 de novembro de 1945 a 5 de fevereiro de 1946 e de 5 de maio de 1950 a 11 de janeiro de 1951.

Orlando da Cunha Carlos, advogado e político, chefiou as obras do Estado pelo curto período de 8 de novembro de 1945 a 20 de novembro de 1945. Foi conselheiro municipal de Cachoeira do Sul, inspetor federal de ensino secundário, professor de “Introdução à Ciência do Direito” na UFRGS, deputado estadual (49-50), secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de 1955 a 1959 e presidente do BRDE de 1972 a 1977.

Clovis Pestana foi secretário de 6 de fevereiro de 1946 a 23 de outubro de 1946. Filho de Augusto Pestana, engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, hoje integrante da UFRGS, foi prefeito de Porto Alegre, ministro dos Transportes de 1946 a 1950, no governo de Eurico Gaspar Dutra, e entre fevereiro e agosto 1961, no governo de Jânio Quadros. Foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul em 1950, 1954, 1958, 1962 e 1966. Também foi diretor-técnico e diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) do Estado (1938-1945) e ministro do Tribunal de Contas da União (1969-1973). Autor de “Introdução ao Planejamento Nacional – Primeira tentativa de equacionamento global dos problemas brasileiros” (Editora Globo, 1962). Em sua homenagem foram nomeados alguns bens públicos, como uma rua em Cachoeirinha e uma escola em Lagoa Vermelha.

José Baptista Pereira foi secretário de Obras pelo período de 23 de outubro de 1946 a 3 de julho de 1950. Cientista e engenheiro, depois de formado em engenharia pela Escola de Porto Alegre foi para Berlim estudar a respeito das jazidas de calcário na Escola de Charlottenburg. Defendeu tese sobre o cimento Portland, quando o país ainda não fabricava esse produto. Foi professor da Escola de Engenharia por 40 anos, fundador do DAER, presidente do Conselho Rodoviário Nacional, presidente do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), conselheiro da Petrobrás e presidente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Aficcionado da astronomia, construiu em 1953 um telescópio com espelho de 400 mm, que foi o maior do Brasil na época. Transformou sua casa, na rua Coronel Bordini, num observatório que recebia visitas de interessados, professores ou cidadãos comuns. Em 1964 fundou a Associação Astronômica do Rio Grande do Sul. Doou o acervo de sua biblioteca e seus instrumentos astronômicos à UFRGS, mas não chegou a ver inaugurado o planetário que tomou o seu nome.

Annibal Di Primio Beck exerceu o cargo de 10 de dezembro de 1951 a 23 de fevereiro de 1953. Foi vereador (conselheiro municipal) em Porto Alegre e, em 1936, secretário de Agricultura, Indústria e Comércio no governo de José Antônio Flores da Cunha. Em 1947 foi eleito deputado estadual. Também foi diretor-presidente do jornal A Hora, de Porto Alegre. Bacharel em Direito e jornalista, foi senador pelo Estado do Rio Grande do Sul, tendo assumido o mandato com o licenciamento de Pasqualini em junho de 1956. Dá nome a uma rua em Porto Alegre, no bairro Boa Vista: Senador Annibal Di Primio Beck.

Imagem em preto e branco de um homem branco, com os cabelos penteados para trás e um bigode ralo. Está de terno e gravata.
Leonel de Moura Brizola - Foto: Palácio Piratini
Personagem de notória importância para a história do país,  Leonel de Moura Brizola foi secretário de 23 de fevereiro de 1953 a 1º de julho de 1954 e de 9 de outubro de 1954 a 28 de outubro de 1955. Foi prefeito de Porto Alegre em 1955, deputado estadual, governador do Rio Grande do Sul (1958) e deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro em 1962, então Guanabara. Foi cassado em 1964, exilando-se no Uruguai. Anistiado, voltou ao Brasil em 1979, fundando o PDT e elegendo-se duas vezes governador do Rio de Janeiro (1982-1990).

Eurico Trindade de Andrade Neves foi secretário de 1ª de julho de 1954 a 8 de outubro de 1954. Foi engenheiro do quadro da Secretaria das Obras. Em 1943 iniciou o plano de saneamento do Estado, tendo colaborado ou, mesmo, sido autor dos projetos de abastecimento de água de Rosário do Sul, São Borja, Vacaria, Bento Gonçalves, Tramandaí, Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Passo Fundo, Canoas, Novo Hamburgo e Santa Maria. Deixou trabalhos publicados, entre os quais “Curso de Hidráulica”.

Foto em preto e branco de um homem branco, careca, de óculos de armação grossa preta, vestindo terno e gravata.
Euclides Triches - Foto: Domínio público
Euclides Triches foi mais um secretário das Obras que se tornou governador do Estado (1971 a 1975). Seu período de atuação na pasta se deu de 1º de fevereiro de 1955 a 13 de fevereiro de 1959, durante o governo de Ildo Meneghetti. Engenheiro metalúrgico pela Escola Técnica do Exército e ex-militar, foi eleito prefeito de Caxias do Sul em 1951 e exerceu o cargo até 1955. Também foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul em 1962 e em 1966. É homenageado na condição de governador com a designação de rua em Caxias do Sul e com a denominação da Rota do Sol.

Mario José Maestri, que chefiou a Secretaria das Obras de 13 de fevereiro de 1959 a 6 de janeiro de 1960, é engenheiro e pai do historiador Mário Maestri.

João Caruso Scuderi foi secretário de 1º de abril de 1960 a 1º de janeiro de 1962. Nascido na Itália, radicou-se no Brasil. Advogado e parlamentar por três mandatos, foi também presidente da Assembleia Legislativa, tendo substituído o governador Ernesto Dorneles em várias oportunidades. Foi secretário de Estado do Interior e de Justiça e da Agricultura, e, no governo de Leonel Brizola, como secretário das Obras, foi responsável pelo desenvolvimento do seu conhecido programa de construção de escolas públicas.

Nilton de Castro Reis foi secretário no período de 2 de julho de 1962 a 31 de janeiro de 1963. Foi engenheiro da Secretaria das Obras, além de seu secretário, tendo sido responsável por salvar da incineração inúmeros documentos relativos à memória das obras do Estado.  

João Magalhães Filho foi secretário de 22 de fevereiro de 1963 a 22 de setembro de 1964 e é homenageado com seu nome pela EEEF Engenheiro João Magalhães Filho na cidade de Caxias do Sul e em rua em Passo Fundo.

Foto em preto e branco de um homem branco de cabelos pretos vestindo terno e gravata.
Synval Guazzelli
Synval Guazzelli chefiou as obras do Estado, de 5 de outubro de 1964 a 16 de dezembro de 1964. Bacharel em Direito pela PUCRS, foi vice-prefeito de Vacaria, deputado estadual, deputado federal por três legislaturas, governador do Estado e vice-governador no governo de Pedro Simon, além de Ministro da Agricultura em 1994.

Nos períodos de 26 de janeiro de 1965 a 10 de maio de 1966 e de 12 de maio de 1966 a 31 de janeiro de 1967 a Secretaria foi comandada por Waldir José Maggi. Arquiteto e urbanista foi também diretor-presidente da Corsan.

O engenheiro Umberto Pergher esteve à frente da Secretaria das Obras de 31 de janeiro de 1967 a 15 de março de 1971.

Jorge Englert é engenheiro civil e foi secretário das Obras de 15 de março de 1971 a 15 de março de 1975, no governo de Euclides Triches. Membro de uma família que já figurou em várias oportunidades na vida pública do Estado, é filho de Gaston Englert, que foi secretário da Fazenda (de 1947 a 1950), tio do ex-secretário da Fazenda Ricardo Englert e neto do deputado constituinte estadual de 1891, Luiz Englert.

Outro secretário das Obras com destaque na vida parlamentar foi Octavio Badui Germano, cuja gestão foi de 15 de março de 1975 a 27 de maio de 1976. Foi deputado estadual por três legislaturas (1963-75). Foi também secretário de Estado do Interior e Justiça, presidente da Assembleia Legislativa e vice-governador do Estado e exerceu a presidência do Sistema Elétrico de Furnas, no governo de João Batista Figueiredo.

Entre 29 de maio de 1978 e 15 de março de 1979 a Secretaria de Obras foi chefiada pelo advogado e Procurador do Estado Bartolomé Borba.

Foto de um homem branco vestindo terno e gravata assinando a Constituição de 1988.
Victor Faccioni
No período subsequente, de 15 de março de 1979 a 14 de novembro de 1980, o secretário de Obras foi Victor José Faccioni em cujo currículo acumula os títulos de jornalista, contador, economista e advogado. Foi vereador em Caxias do Sul, deputado federal e constituinte federal em 1988 e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.

A Secretaria das Obras também foi chefiada pelos engenheiros Edson Molina Belo (14 de novembro de 1980 – 28 de novembro de 1980), que também foi presidente da Corsan; José Luiz Rocha Paiva (12 de fevereiro de 1982 – 15 de março de 1983), que também foi diretor-geral do DAER; Luiz Gonzaga de Souza Fagundes (15 de março de 1983 – 24 de fevereiro de 1986) e pelos empresários João Flavio Ioppi (25 de fevereiro de 1986 – 15 de março de 1987) e Assis Roberto de Souza (16 de março de 1987 – 15 de março de 1991).

Pelo período de 28 de novembro de 1980 a 12 de fevereiro de 1982, foi secretário de Obras Alberto Hoffmann, que foi senador, de 1990 a 1991, deputado estadual por quatro legislaturas, de 1951 a 1967, e federal por outras quatro legislaturas, de 1967 a 1983. Foi agricultor, contabilista e comerciário. Exerceu os cargos de secretário de Estado da Agricultura, de Economia, de Fazenda e foi Ministro do Tribunal de Contas da União.

Jorge Decken Debiagi, arquiteto, chefiou a Secretaria de Planejamento Territorial e Obras entre 15 de março de 1991 e 2 de janeiro de 1995, na gestão do governador Alceu Collares.

Foto de um homem branco de cabelos pretos vestindo terno.
Mendes Ribeiro - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Jorge Alberto Mendes Ribeiro Filho foi outro bacharel em Direito que titulou a então Secretaria das Obras Públicas, Saneamento e Habitação, de 2 de janeiro de 1995 a 12 de março de 1996. Foi deputado estadual constituinte em 1987 e deputado estadual em 1990. Deputado federal, também ocupou a Secretaria da Justiça e a Casa Civil do Governo do Estado.

Gilberto Moreira Mussi ocupou a Secretaria por um curto espaço de tempo, de 4 de janeiro de 1995 a 3 de fevereiro de 1995, tendo sido também secretário Extraordinário para Assuntos da Casa Civil, no governo de Pedro Simon e prefeito de Canguçu. Deputado estadual por duas legislaturas, entre os anos de 1983 a 1991, Gilberto Mussi compôs o grupo de parlamentares responsável pelo desenvolvimento da Constituição Estadual de 1989.

Telmo José Kirst foi responsável pela pasta pelos períodos de 12 de março de 1996 a 30 de março de 1998 e de 4 de novembro a 31 de dezembro de 1998. Advogado, foi vereador em Santa Cruz, deputado federal por seis mandatos consecutivos, deputado federal constituinte e deputado estadual. Foi também secretário dos Transportes no governo de Jair Soares.

O engenheiro e auditor Humberto Brandão Canuso esteve à frente da Secretaria no período de 30 de março a 4 de novembro de 1998.

Foto de um homem branco usando óculos de armação preta e terno e gravata pretos.
Pedro Ruas - Foto: Divulgação/ALRS
Pedro Luiz Fagundes Ruas, advogado e vereador em Porto Alegre por quatro legislaturas, foi Secretário das Obras de 1º de janeiro de 1999 a 8 de outubro de 2000, no governo de Olívio Dutra.

Pelo período de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2002, chefiou a secretaria o ex-deputado federal e economista Edson Silva, que também foi superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Foto de um homem falando à tribuna com um papel à frente e um microfone.
Frederico Antunes - Foto: Divulgação/ALRS
Frederico Cantori Antunes, engenheiro agrônomo, vereador de Uruguaiana em 1992 e deputado estadual, foi o secretário pelo período de 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2006. Em 2007 exerceu a presidência da Assembleia Legislativa.

Valdir Schmidt secretariou as Obras Públicas de 31 de março a 31 de dezembro de 2006. Foi prefeito de São Leopoldo por três mandatos (de 1983 a 1988, de 1993 a 1996 e de 2001 a 2004). Formado em Direito e Economia, foi deputado estadual (1991 a 1992) e federal (1999 a 2000).

Paulo Euclides Garcia de Azeredo foi o primeiro responsável pela gestão das obras públicas no governo de Yeda Crusius. Chefiou a pasta de 1º de janeiro de 2007 a 26 de abril de 2007. Formado no Curso Técnico de Química da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha e em Gestão Pública pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), foi deputado estadual.

Coffy Rodrigues foi secretário de Obras de 15 de maio de 2007 a 5 de janeiro de 2009. Comerciante e produtor rural, iniciou sua vida como vereador em Canoas por dois mandatos consecutivos. Foi secretário de Habitação daquele município. Foi deputado estadual e o segundo secretário de Obras Públicas do governo de Yeda Crusius. Deixou a Secretaria no início de 2009 para reassumir seu mandato estadual.

José Carlos Breda foi secretário de Obras de 8 de janeiro de 2009 a 31 de março de 2010. Foi responsável pela Coordenação Executiva do Programa Estruturante Nossas Cidades do Governo do Estado. Formado em Economia pela UCS, é pós-graduado em Administração Financeira pela Unisinos. Natural de Cotiporã, foi distribuidor-contador judicial e escrivão judicial, além de secretário de Finanças e de Planejamento e Indústria e Comércio e vice-prefeito de Campo Bom. No Governo Estadual ocupou os cargos de diretor-geral e secretário-adjunto do Meio Ambiente em 2007 e de chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius.

César Luis Baumgratz foi secretário de Obras de 6 de maio a 31 de dezembro de 2010. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Unisinos, foi prefeito de Bom Princípio de 1993 a 1996 e vice-prefeito da cidade de 1989 a 1992. Foi presidente da Câmara de Vereadores nos anos de 2005 e 2006, entre outras atividades. Em 2009, foi assessor do Gabinete da governadora Yeda Crusius e chefe de Gabinete da Secretaria-Geral de Governo de dezembro até a nomeação para a Secretaria das Obras Públicas do Estado.

Luiz Carlos Ghiorzzi Busato foi secretário de obras de 1º de janeiro de 2011 até 18 de março de 2014. Formado em Arquitetura, Busato foi funcionário público municipal durante 10 anos. Em 2000, assumiu como secretário municipal de Planejamento Urbano. Em 2004, Busato concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo e foi eleito vereador. Em 2006, foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 2010. Logo após as eleições, foi convidado para assumir a Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano do Estado. Em 2014, foi um dos dez candidatos à Câmara Federal mais votados do Estado, com 130.807 votos. 

Eduardo Martins Medeiros foi secretário de Obras de 20 de março de 2014 até 31 de dezembro de 2014. Engenheiro químico, foi diretor técnico da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Foi diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre e assessor de meio ambiente da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Canoas. Respondeu pela Secretaria de Planejamento de Sapucaia do Sul e foi diretor do Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica e diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Sapucaia do Sul.

Gerson Burmann foi secretário Estadual de Obras de 1º de janeiro de 2015 até 3 de março de 2017. Engenheiro civil, Gerson Burmann é natural de Ijuí e foi líder da bancada do PDT na Assembleia. Foi vice-prefeito e secretário de Obras em sua cidade, entre 1993 e 1996.

Carlos Antônio Búrigo assumiu interinamente a Secretaria de Obras no período de 3 de março a 27 de abril de 2017. Foi secretário municipal de Finanças e Gestão em Caxias do Sul. Búrigo também foi prefeito de São José dos Ausentes por dois mandatos. Em janeiro de 2015 assumiu a Secretaria-Geral do Governo do Estado que mais tarde acabou sendo transformada em Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Fabiano Pereira foi secretário Estadual de Obras de 27 de abril de 2017 até 5 de abril de 2018. Foi presidente da União Santa-mariense dos Estudantes e secretário-geral da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, período em que residiu em São Paulo e ajudou a liderar o movimento Fora Collor. De volta a Santa Maria, iniciou os estudos na faculdade de Economia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e passou a atuar no movimento comunitário. Em 2000, foi eleito vereador na cidade e, em 2001, assumiu a Secretaria Municipal da Saúde. Em 2002, elegeu-se deputado estadual e, no final do mandato, foi presidente da Assembleia Legislativa. Em 2006, foi reeleito deputado estadual. Em janeiro de 2011 foi convidado para assumir a Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos, permanecendo no cargo até o mês de março de 2014. 

Sandro Figueiredo de Oliveira assumiu interinamente a Secretaria de Obras no período de 5 a 19 de abril de 2018. Boka, como é conhecido, é engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com pós-graduação em Engenharia de Segurança pela PUCRS. Começou a carreira política em Rio Grande, sua cidade natal, onde foi vereador por dois mandatos e presidiu a Câmara. Também foi deputado estadual e dirigiu a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).

Foto de um homem branco careca de terno e gravata.
Rogério Salazar - Foto: Divulgação/SOP
Rogério Araújo de Salazar foi secretário Estadual de Obras, Saneamento e Habitação de 19 de abril de 2018 até 31 de janeiro de 2019. Natural de Pelotas, Salazar formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em 1996. Foi membro do diretório nacional do PSB, chefe de gabinete do deputado federal José Stédile e primeiro-secretário da executiva estadual do partido. Além disso, ao longo da carreira, foi duas vezes presidente da sigla em Pelotas, assessor jurídico da bancada do PSB na Câmara Municipal (1997-1999), diretor administrativo e financeiro da Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel) (2000 a 2004), e também atuou na bancada do PSB na Assembleia Legislativa (2011-2012).

Foto de um homem branco de terno e gravata.
José Luiz Stédile - Foto: Divulgação/SOP
José Luiz Stédile foi secretário de Obras de 31 de janeiro de 2019 a 30 de março de 2022.

Volnei Minozzo foi secretário de Obras de 4 de abril de 2022 a 31 de dezembro de 2022.

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