Obra da nova sede do Museu de Arte Contemporânea do RS atinge 90% de execução
Espaço no 4º Distrito terá pátio com bondes históricos da Carris, esculturas e contêineres que funcionarão como café
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Falta pouco para terminar a construção da nova sede do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC RS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) localizada no Quarto Distrito, em Porto Alegre. A obra, que está com 90% dos serviços concluídos, avança para sua fase final. Fiscalizada pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), representa um investimento superior a R$ 3 milhões e tem previsão de entrega para o fim de julho.
“A diversidade e amplitude dos projetos é uma característica que desafia e encanta no cotidiano da SOP. No nosso universo de realizações, estão, entre outras demandas, a construção de duas barragens e de presídios, a manutenção de 2,3 mil escolas e a construção da sede definitiva do Museu de Arte Contemporânea, comenta a secretária Izabel Matte. “Logo, o MAC estará pronto e bonito para ampliar a sua conexão com o universo da arte.”
Inaugurado em 1992 nas dependências da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), no Centro Histórico da Capital, o Museu terá, pela primeira vez, uma sede própria. Localizada na rua Comendador Azevedo, 256, bairro Floresta, a instituição ocupará um depósito que pertencia ao Departamento Estadual de Trânsito (DetranRS).
O MAC abriga um acervo de mais de 2 mil obras, que abrange diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, fotografia, instalação e registro de performance e vídeo, sendo referência na preservação e difusão da arte no Estado.
“O Museu de Arte Contemporânea é um exemplo concreto de como a cultura se articula com a comunidade, integrando compromisso social, educação e arte para promover o desenvolvimento humano. A chegada do Museu ao Quarto Distrito, especialmente para os moradores do entorno, representa a oferta de um espaço qualificado para formação, exposições e encontros. Um espaço vivo, com potencial real de transformar vidas. Esse é o papel da Sedac, proporcionar à população oportunidades de integração e de promoção do acesso à cultura, fortalecendo vínculos comunitários e contribuindo para uma sociedade mais criativa e inclusiva”, afirma o secretário da Cultura, Eduardo Loureiro.
Em maio de 2024, a enchente que atingiu a Capital alcançou as novas instalações do Museu. O térreo permaneceu submerso por 26 dias, impactando o andamento das obras. Atualmente com 621 metros quadrados de área construída, a nova galeria, localizada no térreo, foi concebida como um cubo branco, estrutura neutra e minimalista que valorizará as exposições. No andar superior, ficarão a área administrativa e os sistemas de refrigeração.
Um dos destaques do local é o pátio externo de mais de 1,7 mil metros quadrados, onde estão instalados dois bondes históricos da Carris, doados pela Polícia Civil. Depois de restaurados, os veículos serão utilizados como espaço multiuso. Na área externa, também há esculturas e contêineres que funcionarão como café.
Nessa etapa final dos trabalhos, os serviços em andamento incluem a instalação do sistema de ar-condicionado, pintura interna, colocação de basalto na área externa, instalação de luminárias e finalização do piso no foyer. A expectativa é que o Museu inicie suas atividades ainda no segundo semestre de 2025.