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Escola+: o futuro dos prédios da Rede Estadual de Ensino já chegou

Nova identidade visual, cuidados ambientais e construções ágeis fazem parte do modelo de escolas que começa a ser implementado

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Foto renderizada da fachada de uma escola. Há um totem onde se lê Escola Estadual e um pórtico onde se lê Breno Garcia.
Novos padrões visuais e de construção serão utilizados na escola do loteamento Breno Garcia - Foto: Divulgação/SOP
Por Ariel Engster/ASCOM SOP

A enchente de 2023, no Vale do Taquari, acendeu um alerta no governo do Rio Grande do Sul: era preciso repensar as escolas estaduais. A partir da ideia de transformá-las em locais mais adaptáveis e sustentáveis, surgiu o projeto Escola+, que começa a dar uma nova cara à Rede Estadual. Por meio de uma identidade padrão, soluções ecológicas e ágeis de construção e modelos resilientes de instalações desenvolvidos pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), o futuro dos prédios escolares gaúchos está em criação no presente. As primeiras licitações de obras com o padrão Escola+ aconteceram nesta semana, iniciando investimentos que somam R$ 48 milhões.

Imagine uma escola como um jogo de blocos de montar: no Escola+, cada ambiente é produzido em uma fábrica, fora do canteiro de obras, e transportado pronto para montagem na área onde são conectados. É o chamado sistema off-site. Os módulos se adaptam a diferentes terrenos e necessidades, causam menores impactos ambientais e reduzem a geração de resíduos.

Com esse método, há um duplo ganho: os projetos ficam mais fáceis, pois os blocos se “encaixam” nos mais diversos locais e são flexíveis, podendo ter diferentes utilizações; e, além disso, têm menores impactos ambientais. Para completar, é priorizado o uso de materiais sustentáveis, com adoção de soluções pensadas para se obter mais eficiência energética e conforto ambiental.

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Escola+

O futuro dos prédios da Rede Estadual de Ensino já chegou. Crédito: Secretaria de Obras Públicas RS

“O Escola+ projeta a educação do futuro, com prédios escolares adequados aos novos tempos, ao seu contexto e à sua comunidade”, comenta a secretária de Obras Públicas, Izabel Matte. “Estamos promovendo uma grande recuperação da infraestrutura da rede escolar estadual, e agora daremos um salto além: repensamos a totalidade das escolas para garantirmos espaços acolhedores, sustentáveis e bonitos, entregues com agilidade para os alunos de agora e do amanhã.”

Na quarta-feira (21), foi realizada a licitação para escolha da empresa que ficará responsável pela construção do que originou o Escola+: uma nova escola no loteamento Breno Garcia, em Gravataí. Na concepção dela, foram desenvolvidas as bases arquitetônicas e as soluções usadas no modelo-padrão. O governo investirá R$ 45 milhões na construção, a primeira que contempla totalmente o conceito do Escola+.

Projetada para um terreno de 14,4 mil metros quadrados, a Breno Garcia terá um prédio de 4,4 mil metros quadrados, quadra descoberta e ginásio que, além de abrigar práticas esportivas, poderá funcionar como abrigo para até 80 pessoas em situações de crise, contando com banheiros e refeitórios. Esse ginásio foi o ponto de partida dos projetos arquitetônicos do Escola+. Depois de concebê-lo, os técnicos da SOP desenvolveram as salas de aula e, por fim, um modelo de escola inteira, todos criados com a metodologia BIM, que utiliza modelos digitais de uma construção para ter melhores resultados.

Imagem renderizada de uma escola.
Projeto da escola do loteamento Breno Garcia - Foto: Divulgação/SOP

Licitação para ginásio

Na segunda-feira (19), foi realizada a licitação para a construção do ginásio da Escola Estadual de Ensino Médio Catarina Bridi, em Ibarama, com investimento previsto de R$ 3 milhões. A obra, de quase mil metros quadrados, é aguardada há mais de 40 anos. No terreno, existe uma estrutura iniciada para um ginásio, mas nunca concluída. Agora, a escola receberá um espaço totalmente novo, seguindo o modelo resiliente desenvolvido no conceito do Escola+.

Pensado para criar espaços de qualidade, bonitos e adequados ao ensino de agora e dos dias que virão, o modelo que o Rio Grande do Sul está adotando também pode ser utilizado em caso de desastres climáticos e auxilia na recuperação do Estado após as enchentes dos últimos anos. Os investimentos fazem parte do Plano Rio Grande, programa liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Estado e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Imagem renderizada de um ginásio em meio a uma área verde.
Em situações de crise, ginásios podem funcionar como abrigo para até 80 pessoas - Foto: Divulgação/SOP

Modelo pode ser replicado

A adoção do sistema de módulos ocorre tanto na construção de uma escola nova quanto numa reforma, recuperação ou ampliação de prédios já existentes. Pode-se instalar um bloco só ou um conjunto deles, dependendo da necessidade. Para isso, cada escola é estudada como um todo, analisando os usos de seus espaços e a cultura da sua comunidade. Os espaços que já existem são valorizados, melhorando seu aproveitamento e recuperando a vitalidade do ambiente. Se for preciso, uma nova construção é feita.

Os projetos arquitetônicos são acolhedores, pensados para inspirar o aprendizado, com uso de materiais que garantam mais conforto térmico, acústico e de iluminação. O planejamento dos espaços também atende à comunidade em volta da escola, servindo para diversas ações.

Para facilitar a implantação do Escola+ em diferentes locais, foi criada uma Biblioteca de Padrões, formada por elementos como grafismos e itens arquitetônicos replicáveis. Isso reduz o tempo de elaboração de projetos de 18 para sete meses, aumenta o controle de qualidade e conformidade, facilita a atualização e diminui custos.

Mais quatro obras do modelo Escola+ já estão programadas. A licitação para a execução das novas instalações do Instituto de Educação Manoel de Almeida Ramos, em Capela de Santana, deve ocorrer a partir de junho, com investimento de R$ 20 milhões. Além dela, correm os trâmites para a construção de escolas em Rio Grande (R$ 19,5 milhões), Capão da Canoa (R$ 24,3 milhões) e Paverama (R$ 20,7 milhões).

Novo padrão visual

Além de conceber um prédio confortável e adequado, o projeto Escola+ estabelece parâmetros para que as edificações tenham uma aparência bonita, instigante e funcional. Juntamente com a Secretaria da Educação (Seduc), a SOP criou uma identidade visual que leva em conta não só a estética, mas também os usos práticos e informativos da estrutura das escolas.

Também foram desenvolvidos padrões que permitem identificar prontamente que os prédios pertencem a escolas estaduais, o que resulta no uso dos mesmos modelos de pórticos, sinalizações internas, elementos arquitetônicos, cores e placas. Isso gera economia, pois replicar o projeto em diferentes escolas elimina a necessidade de produzir projetos individuais.

A nova identidade visual vem sendo progressivamente adotada nas escolas onde ocorrem intervenções pela Contratação Simplificada, modelo que agiliza as manutenções nos prédios públicos. Em cada uma, é feito um estudo de como aplicar da melhor forma e o máximo possível os padrões do Escola+, respeitando as características específicas de cada prédio.

O paisagismo contempla espécies nativas, em amplas áreas permeáveis para auxiliar na absorção da chuva. Para diminuir o impacto ambiental, inclusive, poderão ser instaladas cisternas e painéis voltaicos. Além disso, haverá incentivo à preservação da fauna e flora locais em áreas externas, promovendo a biodiversidade com plantas nativas e espaços que favoreçam o habitat de animais e insetos. As direções das escolas receberão cartilhas com orientações sobre a manutenção da vegetação e os usos das estruturas de mitigação dos impactos ambientais.

“O projeto Escola+ é resultado e símbolo de um Estado que está se reerguendo. Há pouco tempo, mal tínhamos condições de consertar problemas que se acumulavam nos prédios escolares. Agora, não só alcançamos resultados expressivos na recuperação da rede estadual, como podemos investir em novas escolas, pensadas integralmente com o melhor uso de materiais, modernas formas de construção e cuidado com a natureza. Com essas novas escolas, estabelecemos as melhores condições para os alunos, atuando diretamente no futuro do Rio Grande do Sul”, afirma a secretária Izabel.

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